Uma forma potencial de aumentar o bem-estar em tempo de crise pode ser estimular o sentimento de “importância” das pessoas, através do voluntariado.
A solidariedade do brasileiro aumenta em tempos de crise, como, por exemplo, a pandemia ou as enchentes que têm atinge diversas cidades do país.

O trabalho voluntário na pandemia foi a maneira que muitas pessoas encontraram de contribuir com famílias que perderam a fonte de renda neste momento delicado, tanto para a saúde quanto para a economia.
E apesar das limitações geradas pelo isolamento social, é possível encontrar maneiras de aderir ao voluntariado. Quer saber mais sobre o tema e fazer sua parte para ajudar o próximo? Confira nosso artigo.
Além de provocar milhões de mortes no Brasil, a covid-19 causou uma crise econômica que tirou a renda de milhares de famílias. Porém, o povo brasileiro tem se mostrado solidário ao buscar trabalho voluntário na pandemia.
Diferente do que se pode imaginar, o isolamento imposto pelo coronavírus não está sendo um obstáculo para ajudar o próximo. Pelo contrário, até mesmo quem nunca havia exercido o voluntariado percebeu a importância de agir com generosidade.
Sendo assim, as pessoas estão buscando alternativas para contribuir com aqueles que mais precisam de apoio. Quer saber mais sobre o tema e como fazer sua parte para ajudar pessoas e entidades por meio do trabalho voluntário na pandemia? Continue lendo este texto.
- O voluntariado promove laços sociais
- Auto estima
- Satisfação na vida
- Conexao social
Os voluntários podem referir que recebem um retorno de seus esforços tanto no nível individual quanto nas organizações que estão apoiando. As evidências mostram que o voluntariado pode alterar a autopersepção, permitindo às pessoas construir confiança e auto-estima e aprender novas habilidades.
Portanto, os benefícios do voluntariado dificilmente serão uniformes. Por exemplo, o voluntariado parece aumentar a satisfação na vida das pessoas mais velhas (com mais de 60 anos) mais do que nas mais jovens. Dadosda British Household Panel Survey, adotando uma abordagem de curso de vida, sugerem que um impacto positivo resultante do voluntariado é mais pronunciado durante a meia-idade e idade avançada. Seus autores propuseram que, numa fase anterior da vida, as pessoas vejam o voluntariado como algo que se encaixa ao lado de outros compromissos (por exemplo, estudar ou parentalidade). Entretanto, há relatos de voluntariado ajudando os adolescentes a se sentirem mais conectados socialmente, e isso pode reduzir sua ansiedade, se escolhidos por livremente e não por demanda.
O voluntariado pode promover bem-estar, em especial entre aqueles com poucas conexões sociais. Ao ampliar suas redes através do voluntariado, as pessoas podem se sentir parte de uma comunidade que aumenta seu capital social (por exemplo, recursos ou contatos aos quais podem recorrer para obter assistência). O estabelecimento de laços sociais laços sociais gera confiança, fazendo com que as pessoas se sintam mais seguras. Porém, o contrário também pode ser verdade: que os laços sociais facilitam o voluntariado, de forma que aqueles com redes sociais existentes e bem desenvolvidas podem estar mais expostos e ouvir falar de oportunidades de voluntariado. Aqueles de origem carente ou desfavorecidas são reportados como voluntários com menor frequencia
Isto pode ajudar a combater o baixo humor, produzindo um pensamento mais positivo. Também tem sido sugerido que o voluntariado pode afirmar a própria identidade social, importante quando outros papéis têm diminuído (por exemplo, após a aposentadoria, perda do parceiro, filhos crescendo).
Fetespar/Pr
Onda solidária
A pandemia escancarou desigualdades sociais e as populações vulneráveis foram as mais afetadas, o que demandou ações rápidas e pontuais. Nas periferias brasileiras, 71% das famílias estão vivendo com menos da metade da renda que tinham antes da pandemia.
O resultado, segundo estudo “O Brasileiro e a Solidariedade” de março de 2021, do Locomotiva, foi uma onda solidária: 27% dos brasileiros tiveram alguma atitude de solidariedade durante a pandemia, em 2020, totalizando mais de 117 milhões de pessoas.
Pesquisas apontaram que cerca de 70% dos brasileiros pretendem fazer mais trabalho social do que antes da pandemia;
- Como eu posso ajudar?
- Busque alternativas para contribuir com um projeto social
- Seja solidário, faça algo em benefício do próximo
Uma rápida análise das reportagens da mídia sobre os motivos do voluntariado durante a pandemia da Covid-19 destaca que algumas pessoas querem “‘retribuir“, tendo recebido apoio do NHS para uma doença anterior; que isso pode ajudar as pessoas a sentirem que estão fazendo algo em um momento de crise; ou que isso lhes permite lidar com relatos tristes que ouvem todos os dias na mídia. Estas notícias mostram que as pessoas se oferecem como voluntárias, antecipando que podem precisar de ajuda no futuro, caso apresentem com uma infecção pelo vírus. Um senso de solidariedade também pode ser estabelecido através da união de outros no trabalho em prol de um propósito comum.
Na crise atual, o voluntariado pode ser reconfortante, ajudando as pessoas a superar sentimentos de inércia e desamparo (pois se encontram separadas de entes queridos e testemunham relatos sobre deficiências na infraestrutura familiar – saúde, governo, abastecimento de alimentos). Uma revisão de 33 artigos sobre motivos para o engajamento voluntariado durante emergências, sugeriu que, mesmo em uma situação considerada emocionalmente catártica, estar ligado a uma causa pode ser um fator-chave para encontrar consolo em colaborar com outros para um objetivo em comum